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29/05/2008

Lissa Gonçalves: ex-interna Aldeias Infantis SOS Assomada

Lissa Gonçalves já foi uma criança SOS e agora estuda mestrado em Engenharia Química em Portugal . Quisemos saber mais sobre ela.
Quanto tempo estiveste a viver na Aldeia SOS Assomada?
Eu ainda me sinto a viver na Aldeia SOS. Entrei com 5 anos, saí de lá com 20 anos para estudar em Portugal e como sempre tive apoio ainda me considero a viver aí .

2. Quem era a tua Mãe-SOS? E o Director da Aldeia de Assomada, na altura, tua figura de Pai? Ainda mantens contactos com eles? E com a organização?
Entrei na casa 5 e tive como mãe a D. Guilhermina e como pai o Sr. Marcelino, e aos meus 12 anos passaram a ser M.ª Alice e Sr. Dionísio Pereira respectivamente. Ainda mantenho contactos com estes últimos e com a organização.
3. O que é que te deixou mais saudades do tempo que viveste lá?
Olha, saudades eu tenho de tudo, ainda mais agora que estou em Portugal ... Na Aldeia SOS tinha uma vida descansada, tinha tempo par fazer tudo, as actividades variadas e saudáveis, paz de espírito ainda maior de toda aquela família enorme ... os encontros festivos. Enfim, saudades sem fim .
4. Como foi crescer na Aldeia? poderias fazer um breve resumo ecomentário do que foi a tua vivência nesses tempos?
No princípio foi horrível porque entrei com 5 anos e já conhecia muito bem a minha família biológica e separar-me dela foi mesmo triste. Mas aos poucos fui-me acostumando. Crescer na SOS foi bom porque aprendi muito e de várias formas porque é uma família enorme. Cada elemento com o seu modo de ser, de estar e de pensar. Enfim, há muta troca de informações. E posso dizer que o que sou hoje o devo á Aldeia SOS.
5. Agora que vais fazer o teu Mestrado o que é que foi mais importante na tua vida, olhando pra trás.
Importante na minha vida considero todos os momentos, mesmo aqueles maus porque aprendi muita coisa com a vida. Hoje dou graças a Deus por ser uma filha SOS e tenho muito orgulho porque consegui aquilo que muita gente fora da Aldeia SOS julgava que não era possível para uma criança SOS.
6. Se voltares a ver a tua Mãe SOS o que é que lhe dirias?
Em relação á minha mãe M.ª Alice estamos sempre em contacto e ela sabe que eu a respeito muito e tenho uma grande consideração e admiração por ela. Falava normalmente com ela. Não tenho receio de nada.
7. Vais fazer o teu Mestrado em que área?
Fiz licenciatura e agora vou fazer mestrado em Engenharia Química.
8. Pensas algum dia despender a tua energia e conhecimento em proldas Aldeias Infantis SOS?
Não só penso como sinto que é minha obrigação.
9. Qual é a mensagem que tens para as crianças SOS e todos os colaboradores que dedicam as suas vidas em prol desta organização filantrópica?
A Aldeia SOS é uma instituição séria e que já mostrou o seu mérito graças a todos que colaboraram para que tudo corresse bem. Eu, como filha SOS sei como é trabalhoso conseguir este mérito mas é um trabalho honrado porque estão a lidar com a vida dos mais desfavorecidos . Quanto ás crianças, mas principalmente os adolescentes, sei que esta fase é difícil, tambem já passei por isso mas é uma linda fase e tem que ser vivida com algumas precauções. Não se esqueçam de estudar porque o estudo é a única coisa que podemos garantir como nosso, isto ninguem nos tira. Tambem não se esqueçam que merecem ser respeitados e para isso têem que respeitar principalmente as mães e tias. Não há nada melhor que um bom diálogo. Desejo tudo de bom para todos. Um beijão. Se Deus quiser no próximo ano estarei de volta . Um abraço